quarta-feira, 14 de julho de 2010

Olá Pessoal,
O curioso nesta nojenta história, é saber ONDE ESTÃO TODOS ESSES MILHÕES E BILHÕES desviado por esses canalhas???
Veja como a coisa funciona nesse país ... SEM PUNIÇÃO E SEM DEVOLUÇÃO DO ROUBO....quanta vagabundagem heim !!!!!! quanto rabo preso !!!!! quanta falta de caráter....



Autor do Livro: Jornalista Ivo Patarra
CAPÍTULO 6 CONTINUAÇÃO (Parte 33)


milhões que teriam sido emprestados ao PT e usados no caixa 2 do partido, teve lucro de R$ 210 milhões ao vender à Caixa Econômica Federal R$ 1,1 bilhão de sua carteira de empréstimos a aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social).
Se tivesse feito diretamente as operações de empréstimo, a Caixa poderia ter lucrado R$ 696 milhões. Em decorrência das operações com o BMG, os lucros do banco público ficaram restritos a R$ 346 milhões e, mesmo assim, dinheiro que entraria ao longo de três anos.

Do senador Álvaro Dias (PSDB-PR):
- Se a Caixa deixou de ganhar, alguém ganhou no lugar dela.
Dos R$ 210 milhões de lucro do BMG, R$ 159 milhões correspondem à remuneração pela captação de clientes, um ágio integralmente quitado. Além disso, o banco privado mineiro teve lucro extra de R$ 51 milhões, obtido graças à fórmula usada para calcular o saldo devedor dos contratos. Declaração do senador Álvaro Dias:
- Temos razões de sobra para supor que essas operações tenham sido instrumento para calçar os tais empréstimos, que sempre reputamos fictícios, operações meramente contábeis.

De acordo com a repórter Marta Salomon, do jornal Folha de S.Paulo, o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, assinou resoluções com vantagens ao BMG. Escreve a jornalista:

“A cronologia das negociações entre BMG e Caixa revela um negócio fechado às pressas.

Entre a proposta formal do banco mineiro e a resolução do Conselho Diretor da Caixa, que autorizou a primeira compra de créditos referentes a empréstimos concedidos a aposentados e pensionistas, passaram-se apenas 23 dias.”

Mais: “A cronologia das operações revela um detalhe estranho: a venda de parte da carteira de empréstimos é concretizada apenas três meses depois de o BMG ser autorizado por Medida Provisória a operar o crédito a aposentados e pensionistas do INSS com desconto em folha, em setembro de 2004”.
Dia 192
21/11/2005 Em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, o deputado Roberto Brant (PFL-MG) admite ter recebido R$ 102 mil da agência SMPB, de Marcos Valério. Afirma que o dinheiro foi doação da empresa siderúrgica Usiminas. A quantia teria quitado despesas do programa de televisão de sua campanha a prefeito de Belo Horizonte, em 2004.
Dia 193
22/11/2005 Em depoimento à CPI dos Bingos, Paulo Okamotto, presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), responsabiliza o ex-tesoureiro Delúbio Soares por tê-lo orientado a pagar em dinheiro vivo a dívida do presidente Lula junto ao PT, de R$ 29.436,26.
Segundo Paulo Okamotto, o dinheiro foi usado por Marisa Letícia, mulher de Lula, durante viagem à China. Também serviu para acertar gastos de Lula com viagens a Cuba e a Europa, despesas médicas e um empréstimo de R$ 5 mil. O valor corresponde à remuneração mensal de Paulo Okamotto, de “pouco mais de R$ 30 mil”, conforme declaração dele à CPI. Além do salário do Sebrae, Paulo Okamotto recebe como integrante do conselho da Brasil-Prev e é aposentado como metalúrgico. Diz Paulo Okamotto:

- Não sou um homem de posses.

Para o senador Jefferson Péres (PDT-AM), o episódio mostra promiscuidade entre público e privado:

- Okamotto fez um favorzão ao presidente e recebe em troca um cargo dos mais cobiçados.
Indiciados pela Polícia Federal David Stival, ex-presidente do PT do Rio Grande do Sul, Marcelino Pies, ex-tesoureiro do partido em Porto Alegre, e Marcos Trindade, militante petista. Todos são acusados de transferir R$ 1,05 milhão de Marcos Valério para o PT, em 2003. O dinheiro do valerioduto não foi contabilizado pelo partido. No total, o PT gaúcho sacou R$ 1,2 milhão da conta bancária da agência SMPB, sendo que R$ 150 mil teriam acertado despesas gráficas do Diretório Nacional do PT.

Depoimentos ao Conselho de Ética da Câmara. O presidente do PP, deputado Pedro Corrêa (PE), e o assessor da liderança do partido, José Cláudio Genu, admitem formalmente o recebimento de R$ 700 mil do valerioduto. O dinheiro pagou honorários do advogado do ex-deputado Ronivon Santiago (PP-AC). Eles negam que houve compra de deputados. Explicam que a soma não foi contabilizada porque ficaram aguardando o PT formalizar os “auxílios financeiros negociados com o Partido Progressista”.

Dia 194
23/11/2005 Em depoimento à CPI dos Bingos, Rosângela Gabrilli, proprietária da empresa de ônibus Expresso Guarará, afirma que Lula recebeu informação, em 2003, sobre esquema de extorsão montado pelo PT em Santo André (SP). As operações irregulares teriam continuado após a morte do prefeito Celso Daniel (PT), em 2002. O relato da situação foi feito ao presidente da República pela irmã de Rosângela, Mara Gabrilli, num encontro de 20 minutos no apartamento de Lula, em São Bernardo do Campo (SP).
De acordo com Rosângela Gabrilli, donos de empresas de ônibus em Santo André eram obrigados a contribuir para o caixa do PT desde 1997, no início da segunda gestão de Celso Daniel. Cabia ao Expresso Guarará o repasse de R$ 40 mil mensais. O dinheiro tinha de ser entregue em espécie, mas em determinado período ocorreram depósitos diretamente na conta bancária de Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, no Banespa.

Rosângela Gabrilli diz que Sérgio Gomes da Silva era o arrecadador do dinheiro, enquanto o empresário Ronan Maria Pinto cumpria o papel de “interlocutor junto aos empresários”. Ela também relaciona Klinger Luiz de Oliveira (PT), ex-vereador e ex-secretário de Serviços Municipais de Celso Daniel, apontado como o líder do esquema.
- Os achaques eram feitos com intimidação e ameaça. Diziam que o Klinger tinha sempre um revólver preso na canela. Isso constrangia muito. E ele lembrava a cada momento:

“Com o poder não se brinca, o poder tudo pode”.

Em entrevista à repórter Mariana Caetano, de O Estado de S. Paulo, Mara Gabrilli diz que aguardou por 32 meses manifestação de Lula sobre as denúncias feitas por ela no encontro com ele em São Bernardo do Campo. O Palácio do Planalto não se pronuncia sobre o assunto. Mara Gabrilli conta que, na época, o presidente se comprometeu a “averiguar e tomar providências”:
- Ninguém fez absolutamente nada. Nunca tive uma resposta.Mara Gabrilli relata que pediu a Lula uma intervenção em Santo André:
- Contei como era o esquema, quem cobrava a propina, e como a Prefeitura tirou a licença para a empresa da minha família operar algumas linhas, em represália ao fato de meu pai não ter pagado propina em certo momento.

Na saída do encontro com Lula, Mara Gabrilli recebeu recomendação de um assessor do presidente para não revelar o teor da conversa.

- Ele pediu que eu dissesse aos jornalistas que estavam de plantão na porta do prédio que a conversa tinha sido sobre reabilitação. Contei a verdade.
Dia 195
24/11/2005 Depoimento ao Conselho de Ética da Câmara. O deputado João Paulo Cunha (PT-SP) admite que a mulher, Márcia Milanésio Cunha, sacou R$ 50 mil em dinheiro do Banco Rural, na agência do Brasília Shopping. João Paulo Cunha afirma que a retirada foi feita por orientação do tesoureiro Delúbio Soares. Nega que soubesse a origem do dinheiro, ou seja, a conta bancária da agência SMPB, de Marcos Valério. Diz João Paulo Cunha:
- Recurso você busca no tesouro do seu partido. Qual crime eu cometi? Eu peguei no lugar que eu sabia, que era a tesouraria nacional do PT.
Ele reconhece que não declarou o valor à Receita Federal:
- Eu admito que tenha problema contábil. Gostaria que alguém pudesse me dizer como posso corrigir.

As coisas são mais complicadas do que João Paulo Cunha quer fazer crer. Num primeiro momento, ele disse que sua mulher foi ao Banco Rural para resolver um problema com a conta da TV a cabo. Em seguida, outra versão do deputado: os R$ 50 mil foram providenciados por Delúbio Soares em São Paulo, transferidos da conta de Valério do Banco Rural de Belo Horizonte para a agência de Brasília, sacados em espécie por Márcia Milanésio Cunha e levados, em dinheiro vivo, para São Paulo. Segundo o deputado, para pagar despesas com pesquisas eleitorais em quatro cidades da Grande São Paulo.

Tem mais: apesar de negar que conhecia a origem do dinheiro, João Paulo Cunha manteve relações estreitas com Valério. A agência DNA, de Valério, fez a campanha de João Paulo Cunha para a presidência da Câmara. Algum tempo depois, eleito presidente, a SMPB, outra agência de Valério, foi contratada pela Câmara por R$ 10,7 milhões, para fazer propaganda da Casa. Como se não bastasse, Cunha recebeu Valério para tomar café da manhã em 3 de setembro de 2003, na residência oficial do presidente da Câmara. O saque de R$ 50 mil foi feito no dia seguinte. Sobre o café da manhã:

- Marcos Valério só foi me cumprimentar pela minha atuação na votação da Reforma Tributária.
Quanto aos R$ 50 mil, João Paulo Cunha apresentou três notas fiscais do Instituto de Pesquisa DataVale, para justificar as despesas com as pesquisas eleitorais ao longo de quatro meses. As notas, contudo, são sequenciais. Fica a suspeita de que foram providenciadas às pressas, pois não há lógica de a empresa só ter prestado serviços a um cliente, no período de quatro meses.
Por fim: João Paulo Cunha admite ao Conselho de Ética que recebeu de Valério uma caneta Montblanc, de presente de aniversário, e passagens aéreas para uma assessora e a filha dela. Valor do mimo: R$ 3.084,20. Cunha garante que doou o correspondente ao que ganhou ao programa Fome Zero.
Dia 197
26/11/2005 A revista Época publica reportagem apontando suspeitas de fraude no contrato de publicidade entre a SMPB e a Câmara dos Deputados, assinado e executado no período em que a Casa foi presidida pelo deputado João Paulo Cunha (PT-SP). A matéria relata o afastamento do advogado Aléxis de Paula Souza, secretário de Controle Interno da Câmara.
Ele pediu para sair alegando pressões, sanções e perda de atribuições, depois de ter examinado o contrato de publicidade de R$ 10,7 milhões com a empresa de Marcos Valério.
Aléxis de Paula Souza identificou indícios de fraude na escolha da agência e na execução do contrato. Auditores descobriram empresas e assinaturas fantasmas. Agências supostamente concorrentes funcionavam no mesmo endereço e compartilhavam telefone e fax, por ocasião da licitação. De acordo com a reportagem de Andrei Meireles e Ronald Freitas, a simulação permitiu à SMPB subcontratar prestadoras de serviço de seu interesse.
Segundo a denúncia, outras duas agências de publicidade, a Ogilvy e a Lowe, apresentaram condições técnicas melhores que as da vencedora da licitação. Apesar disso, foram preteridas.

A revista Época descreve as irregularidades em 52 processos executados pela SMPB:

“Nesses casos, a agência de Marcos Valério tinha a obrigação de pedir orçamento a pelo menos três empresas e subcontratar a que cobrasse o menor valor – a SMPB ficava com 5% do valor pago à subcontratada. A praxe, porém, era a ‘empresa que deveria ser subcontratada’ apresentar uma proposta ‘séria e firme, devidamente detalhada à qual se juntavam outras duas propostas de valor maior que o da primeira’. Em geral, essas propostas são fajutas, apenas para fingir que houve disputa: não foram encontradas pelos auditores, não detalhavam o serviço a ser prestado, não eram assinadas por um responsável nem sequer traziam um telefone de contato.”
Dia 199
28/11/2005 A CPI dos Correios descobre seis transferências da corretora Bônus-Banval, num total de R$ 154 mil, para Rosa Alice Valente, assessora do líder do PP na Câmara, deputado José Janene (PR). A Bônus-Banval, como se sabe, é apontada como intermediária de repasses de Marcos Valério para beneficiários do mensalão. Um dos diretores da corretora, Enivaldo Quadrado, também transferiu R$ 11.628 para Rosa Alice Valente. Há ainda oito operações de José Janene para Rosa Alice Valente, somando R$ 139 mil. Por fim, foi detectado depósito de R$ 10 mil do publicitário Duda Mendonça para o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares. As 16 operações relacionadas ocorreram de 2003 a 2005, principalmente em 2004, no auge do mensalão.
O jornal Folha de S.Paulo noticia suspeita de favorecimento do governo ao empresário José Roberto Colnaghi. Ele é o dono do avião Citation usado pelo ministro Antonio Palocci (PT-SP) em deslocamentos entre Brasília e Ribeirão Preto (SP). José Roberto Colnaghi é dono do avião Seneca usado para transportar dólares que teriam vindo de Cuba à campanha do PT em 2002.

Já se sabe do negócio de José Roberto Colnaghi com o Banco do Brasil, mediante o qual a empresa Soft Micro Informática fechou contrato milionário para instalar programas de computador em Tocantins. Desta vez, o repórter Mario Cesar Carvalho relata nova operação com o Banco do Brasil em favor de José Roberto Colnaghi, pela qual a Asperbrás, também de propriedade de Colnaghi, foi beneficiada com financiamento de US$ 8,5 milhões, para exportar equipamentos agrícolas a Angola. A taxa de juros do Proex (Programa de Financiamento às Exportações, do Banco do Brasil) chega a ser cinco vezes menor que operação similar em rede bancária comercial.
Dia 200
29/11/2005 Em depoimento repleto de evasivas à CPI dos Bingos, Ademirson Ariosvaldo da Silva, secretário particular do ministro Antonio Palocci (PT-SP), nega irregularidades no relacionamento de integrantes da chamada “república de Ribeirão Preto”, todos ligados a Antonio Palocci. Ademirson Ariosvaldo da Silva convive com Palocci há 18 anos.
Nomes citados: Rogério Buratti, Vladimir Poleto, Juscelino Dourado e Ralf Barquete, morto em 2004.
Ademirson Ariosvaldo da Silva desconversa ao ser inquirido sobre dezenas de conversas telefônicas mantidas com Buratti e Barquete, durante o período da renovação do contrato entre a Caixa Econômica Federal e a multinacional Gtech. Indagado a respeito de 1.411 telefonemas trocados com Vladimir Poleto em pouco mais de dois anos, resume tudo a “assuntos de amigos”.
O secretário particular de Palocci admite ter ido nove vezes à “casa dos prazeres”, o imóvel alugado por Vladimir Poleto no Lago Sul, em Brasília. Nega que o endereço serviu para empresários fazerem lobby, a fim de obter negócios no governo Lula. Ademirson oculta nomes de frequentadores do local. Tampouco diz o que fazia por lá. Registra-se: a “casa dos prazeres” era o lugar em que a “república de Ribeirão Preto” se divertia com garotas de programa. Antonio Palocci iria cair em consequência disso.
Dia 201

30/11/2005 Cassado o mandato do deputado José Dirceu (PT-SP), acusado de ser o mentor do esquema do mensalão. Com a decisão do plenário da Câmara dos Deputados, por 293 votos a favor e 192 contra, o ex-ministro da Casa Civil, homem-forte do PT e do governo Lula, fica inelegível até 2015. Comentário do jornalista Rogério Gentile, na Folha de S.Paulo:

“Imaginar que Dirceu articulou sozinho o caixa 2 e o esquema da compra de votos de parlamentares e de partidos, sem o conhecimento do presidente, é pior do que acreditar que o tesoureiro Delúbio Soares agiu por conta própria, sem o conhecimento de Dirceu.”
Sobre a relação Lula/José Dirceu:

Nenhum comentário:

Postar um comentário