quinta-feira, 31 de maio de 2012

Esse é um trecho do LIVRO PROIBIDO do Jornalista Ivo Patarra 
E assim e muitas outras tantas trapaças, roubalheiras, assassinatos e etc...foi o governo desse
ex-presidente que dizem o foi o melhor do Brasil. Pobre Brasil.
Leiam o livro....conheçam a historia do Brasil.   


Trecho do livro PROIBIDO
"Sérgio Sombra chegou a ficar oito meses na prisão, acusado de ser o mandante do crime.
O STF (Supremo Tribunal Federal), por decisão do ministro Nelson Jobim, determinou a sua libertação. O mesmo Nelson Jobim impediu investigações sobre o envolvimento de José Dirceu com a corrupção em Santo André. Em seu segundo mandato como presidente da República, Lula nomeou Nelson Jobim (PMDB-RS) ministro da Defesa."


CAPITULO 8 COMPLETO DO LIVRO DO PROIBIDO 
DO JORNALISTA IVO PATARRA 

O assassinato do prefeito Celso Daniel, coordenador da eleição de Lula em 2002

Em março de 2003, logo após assumir a Presidência da República, Lula recebeu em sua
casa, em São Bernardo do Campo (SP), Mara Gabrilli. Durante 20 minutos, o presidente
ouviu um relato que misturava chantagem e extorsão contra os donos da empresa de ônibus
Expresso Guarará, pertencente à família de Mara Gabrilli. Para prestar serviços em Santo
André (SP), cidade vizinha de São Bernardo do Campo, os proprietários da Expresso Guarará
eram obrigados a pagar propina à Prefeitura do PT. Palavras de Mara Gabrilli:
- Contei como era o esquema, quem cobrava a propina, e como a Prefeitura tirou a
licença para a empresa da minha família operar algumas linhas, em represália ao fato de
meu pai não ter dado propina a partir de certo momento.

Mara Gabrilli não deixou dúvidas. Indicou para Lula os responsáveis pelo esquema de
corrupção: o secretário de Serviços Municipais, Klinger Luiz de Oliveira (PT), o empresário
Ronan Maria Pinto e o ex-segurança do prefeito Celso Daniel (PT), Sérgio Gomes da
Silva, o “Sombra”.
- Eu falei ao presidente sobre o pagamento da caixinha que meu pai era obrigado a fazer
a cada dia 30. E falei da retaliação imposta à empresa desde que eu e minha irmã, Rosângela,
denunciamos o fato ao Ministério Público.
Ao denunciar a corrupção em Santo André à CPI dos Bingos, em 2005, Rosângela
Gabrilli afirmou que os donos de empresas de ônibus na cidade eram pressionados a
contribuir para o caixa 2 do PT desde 1997, durante a segunda gestão do prefeito Celso
Daniel. Cabia ao Expresso Guarará o repasse de R$ 40 mil mensais, em dinheiro vivo. Do
depoimento de Rosângela:
- Os achaques eram feitos com intimidação e ameaça. Diziam que o Klinger tinha sempre
um revólver preso na canela. Isso constrangia muito. E ele lembrava a cada momento:
“Com o poder não se brinca, o poder tudo pode”.

Antes de sair do apartamento de Lula, Mara Gabrilli ouviu o presidente dizer que tomaria
providências e lhe daria uma resposta. Não foi o que aconteceu:
- Ocorreu justamente o contrário. Klinger soube, reclamou, e dias depois uma comissão
de sindicância da Prefeitura se instalou na nossa empresa.
Celso Daniel foi sequestrado em 18 de janeiro de 2002, no início do ano que terminaria
com a eleição do presidente da República. Celso Daniel era coordenador de campanha de
Lula. O corpo do então prefeito foi achado dois dias depois. Os assassinos o torturaram antes
de matá-lo, provavelmente para obter os números das senhas das contas secretas em paraísos
fiscais no exterior onde, possivelmente, ele guardava dinheiro para a campanha do PT.
O médico João Francisco Daniel, irmão do prefeito morto, contou sobre a conversa que
teve com Gilberto Carvalho (PT-SP), secretário de Governo de Celso Daniel, após a missa
de sétimo dia, em 26 de janeiro de 2002. Importante ressaltar que, um ano depois, ao assu307
mir o cargo de mais alto mandatário da nação, Lula nomeou Carvalho para o posto estratégico
de chefe de gabinete do presidente. Lula levou-o de Santo André para Brasília.

Depois da missa de sétimo dia, Gilberto Carvalho esteve na casa de João Francisco
Daniel e, emocionado, fez uma confissão que pediu para ser mantida em sigilo. Admitiu
que, durante a administração Celso Daniel, entregou dinheiro repassado por empresas que
mantinham contratos com a Prefeitura, diretamente para o presidente nacional do PT, deputado
José Dirceu (SP). Declaração do médico João Francisco Daniel:
- Achei estranho Carvalho me contar isso, mas ele contou. Contou três vezes. Falou que,
com muito medo, pegava seu Corsa preto e ia até São Paulo entregar o dinheiro para o então
deputado José Dirceu.
Cerca de dez dias depois, Gilberto Carvalho voltou ao assunto com João Francisco Daniel,
quando se queixou de Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, o ex-segurança de Celso Daniel
acusado de ser o mandante da morte:
- O Gilberto disse que o Sérgio era muito violento, que constrangia os empresários colocando
revólver na mesa quando ia conversar com eles.
Na terceira conversa, Gilberto Carvalho admitiu ter levado, de uma só vez, R$ 1,2 milhão a
José Dirceu. Para João Francisco Daniel, Celso Daniel autorizara o esquema de corrupção, mas
com a finalidade de dar dinheiro ao PT. E resolvera rompê-lo ao descobrir que parte substancial
da propina acabava nas mãos de Sombra, Klinger Luiz de Oliveira e Ronan Maria Pinto.
- Quando ele ficou sabendo que esse grupo estava enriquecendo de maneira estratosférica,
ele realmente tentou brecar aquele tipo de coisa.

Uma das funções de Celso Daniel, como coordenador da campanha de Lula, era arrecadar
fundos para as despesas com a eleição. O “grupo” de Santo André, porém, teria decidido
pôr as mãos no dinheiro. Por isso o prefeito teria sido torturado. Queriam informações sobre
o paradeiro do caixa 2. Em seguida o eliminaram. João Francisco Daniel expôs o irmão ao
Ministério Público:
- Não tive saída. Infelizmente, ele montou um caixa 2 em Santo André, para as
campanhas do PT.

De fato, duas testemunhas revelaram ao Ministério Público as evidências de que Celso
Daniel participava do esquema. Uma empregada doméstica que trabalhou para o então prefeito
viu, oito meses antes do assassinato, três sacolas plásticas de supermercado, num canto
da lavanderia do apartamento. As sacolas estavam abarrotadas de maços de dinheiro,
preso por elásticos, em notas de R$ 10, R$ 50 e R$ 100, tudo sob um lençol branco.

O outro depoimento é de um garçom do restaurante Baby Beef, de Santo André, frequentado
por Celso Daniel, Sombra, Klinger Luiz de Oliveira e Ronan Maria Pinto. Os quatro
tinham o costume de sentar em volta da mesma mesa. O garçom viu Ronan, empresário do
setor de transportes e de coleta de lixo, tirar da bolsa um maço de dinheiro e entregá-lo a
Klinger. Vereador e secretário de Celso Daniel, Klinger Luiz de Oliveira tratou de esconder
a soma sob o guardanapo, para que ninguém visse o que era. Em outra ocasião, o mesmo
garçom reparou uma mulher chegar ao restaurante para entregar uma sacola cheia de
dinheiro a Ronan Maria Pinto.

Declaração do promotor Roberto Wider Filho:
- Esses depoimentos mostram que Celso Daniel tinha envolvimento com o esquema de
corrupção. A presença de notas de R$ 10 é um indicativo de que os recursos podem ter
origem no esquema de caixinha de ônibus.
Para o Ministério Público, o esquema começou a implodir quando Celso Daniel descobriu
que a propina não vinha irrigando os cofres do PT, como o prefeito desejava, mas
morria nas mãos de Sombra, Klinger e Ronan.
Do promotor Roberto Wider Filho:
- Ele foi eliminado porque se opôs ao esquema ao verificar que o dinheiro estava
sendo direcionado para os integrantes da quadrilha, e não mais para as campanhas eleitorais
de seu partido.

Outro irmão do prefeito morto, Bruno Daniel, depôs à CPI dos Bingos:
- Há evidências de que existia na Prefeitura de Santo André um esquema de arrecadação
para o PT. Suponho que Celso enveredou naquilo como um mal necessário para viabilizar
as atividades do partido, e lamentavelmente deu no que deu. O que possivelmente aconteceu
é que parcelas desses recursos começaram a ser destinadas para outras finalidades,
razão pela qual Celso resolveu alterar a situação e esta pode ter sido a motivação do crime.

Bruno Daniel criticou o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), designado pelo
PT, com aval de Lula, para acompanhar o caso. Luiz Eduardo Greenhalgh defendia a tese de
que o assassinato havia sido crime comum, sem vinculação com a política. O irmão Bruno
Daniel não concordava:
- O povo de nossa cidade não aceita as explicações dadas até o momento, porque são
superficiais e contraditórias para um crime que desde o início se revelou complexo. Falamos
com outros membros do PT esperando trazer elementos para elucidar o caso. E o que
posso afirmar é que poucas pessoas dentro do partido contribuíram para isso.

Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, ocupou papel central no caso Celso Daniel. Era pessoa
de inteira confiança do prefeito. Exerceu a função de motorista e segurança particular de
Celso Daniel. Ocupou cargo em comissão no gabinete do prefeito. Quando Celso Daniel foi
deputado, nomeou Sombra como seu assessor parlamentar. Sombra era muito próximo.
O ex-motorista enriqueceu. Na noite do sequestro, Celso Daniel jantara com Sombra no
sofisticado restaurante Rubayat, na zona sul de São Paulo. Os dois foram para lá no luxuoso
automóvel Pajero de propriedade de Sombra. O carro foi abordado de forma suspeita na
volta a Santo André, tarde da noite.

Apesar da experiência como segurança particular e de estar no comando de um veículo
blindado, Sombra alegou problemas mecânicos que o levaram a diminuir a velocidade e a
parar. Não ficou claro tampouco por que a trava da porta ao lado de Celso Daniel abriu,
expondo o prefeito aos criminosos.

Os promotores suspeitam de que Sombra conhecia um dos acusados de atacar o prefeito.
Falou-se até de um suposto pagamento de US$ 40 mil. Teria sido feito ali mesmo, na cena
do crime, aos homens supostamente contratados para fazer o sequestro.

Um morador testemunha da ação dos criminosos, que agiram na região dos “três tom
bos”, na zona sul de São Paulo, relatou que arrancaram Celso Daniel “como um animal”
da Pajero. Enquanto isso, Sombra teria mantido atitude passiva e demonstrado “aparente
cumplicidade”.

Uma mulher passava pelo local na hora do sequestro. Celso Daniel ainda estava dentro
do veículo, com a cabeça encostada no vidro. Ela viu Sombra fora da Pajero, com ar de
tranquilidade, falando ao telefone.

Se já não houvesse a intenção de matar o prefeito, é possível que Celso Daniel tenha
percebido, durante a ação dos criminosos, o envolvimento do “amigo” com os sequestradores.
A solução seria eliminá-lo.

Antes de ser morto o prefeito foi barbaramente torturado. Num crime comum de sequestro,
a vítima geralmente é poupada. A sua boa integridade física é condição para o
pagamento do resgate. Celso Daniel foi torturado para que fornecesse informações aos
criminosos. Declaração do perito criminal Carlos Delmonte Printes, que examinou o
corpo de Celso Daniel:
- É absolutamente excepcional a ocorrência de morte em casos de sequestro-relâmpago.
Com relação ao sequestro convencional, nunca examinei um caso em que houvesse ritual
de tortura, crueldade e desproporcionalidade que verifiquei no exame do corpo do prefeito.
Como evidências da tortura, o perito criminal apontou a expressão de terror na face,
queimaduras nas costas e lesões no corpo, provocadas por estilhaços de balas disparadas
perto da vítima, com a finalidade de amedrontá-la. Para matá-lo, alvejaram-no oito vezes,
diretamente no rosto, tórax, pernas e mãos.

O médico legista Paulo Vasques também viu o corpo de Celso Daniel. Confirmou a
prática de tortura antes do assassinato. Referiu-se a marcas de coronhadas na cabeça e à
rigidez muscular decorrente da tensão nervosa. Informou que o prefeito vestia outra calça
quando o corpo foi encontrado, pois o traje não apresentava as marcas de tiro existentes
no corpo dele.

Sérgio Sombra chegou a ficar oito meses na prisão, acusado de ser o mandante do crime.
O STF (Supremo Tribunal Federal), por decisão do ministro Nelson Jobim, determinou a
sua libertação. O mesmo Nelson Jobim impediu investigações sobre o envolvimento de
José Dirceu com a corrupção em Santo André. Em seu segundo mandato como presidente
da República, Lula nomeou Nelson Jobim (PMDB-RS) ministro da Defesa.

Na hora de dar explicações à CPI dos Bingos, Sérgio Sombra irritou os senadores. Insistia
não saber por que a porta do carro blindado se abriu:
- A porta abriu de repente, do lado do Celso, não sei como.
Ao ser questionado sobre quatro depósitos bancários descobertos em sua conta, num
total de R$ 40 mil, todos feitos por Luiz Alberto Gabrilli, proprietário da Expresso Guarará,
Sombra saiu-se assim:
- Acho que ele se enganou, pode ter feito pagamento cruzado, por engano.
De acordo com o Ministério Público, empresários que mantinham contratos com a administração
de Santo André eram forçados a entregar dinheiro vivo ao esquema, todos os
meses. Durante uma época, por algum desarranjo na organização criminosa, a propina foi
depositada diretamente na conta bancária de Sérgio Sombra. Ficou o rastro. Ainda na CPI,
Sombra tentou explicar uma transferência bancária de Luiz Alberto Gabrilli, feita em 1997:
- Tinha vários depósitos para receber por serviços de segurança que prestei. Esse dinheiro,
só fiquei sabendo agora que havia sido depositado por ele na minha conta. Não sei como
foi parar na minha conta.

A Polícia Civil de São Paulo não responsabilizou nenhum dos atores políticos suspeitos
de envolvimento no assassinato de Celso Daniel. O caso intrigou também pelas mortes
violentas de seis pessoas que testemunharam ou estiveram, por algum momento, nas
cenas do crime.

Entre os mortos, o garçom Antonio Palácio de Oliveira, que serviu Celso Daniel e Sérgio
Sombra no restaurante Rubayat, pouco antes do sequestro. Ele chegou a receber um depósito
bancário misterioso, no valor de R$ 60 mil, antes de morrer. Mas dois homens o perseguiram
em sua motocicleta. Durante a fuga perdeu o controle, bateu num poste e perdeu a vida.
O homem que presenciou a morte do garçom e contou à polícia o que viu, também foi
morto. Paulo Henrique Brito levou um tiro nas costas.

Investigações chegaram a apontar ligações de amizade entre Sombra e Dionísio de Aquino
Severo, que teria namorado a ex-mulher de Sombra. Dionísio Severo, acusado de envolvimento
no sequestro, foi resgatado de helicóptero de um presídio, de forma espetacular, dois dias antes
do sequestro. Depois do crime, recapturado, o mataram numa cadeia em Guarulhos (SP).
Intrigante também a morte do investigador de polícia Otávio Mercier, que conversou
com Dionísio Severo um dia antes da fuga do presídio. Foi alvejado por homens que tentavam
entrar em sua casa.

Manoel Sérgio Estevam, o “Sérgio Orelha”, abrigou Dionísio Severo em seu apartamento,
logo após a morte do prefeito. Foi assassinado com vários tiros.

Por fim, morreu o homem que chamou a polícia ao achar o corpo de Celso Daniel,
jogado em uma estrada de terra em Juquitiba (SP). Assassinaram Iran Moraes Redua
com dois tiros.
Quatro anos depois da morte de Celso Daniel, a família do economista Bruno Daniel,
irmão do prefeito assassinado, foi obrigada a deixar o País. Partiu às escondidas para Paris,
onde o governo da França a recebeu como perseguida política no Brasil. Bruno Daniel, a
mulher e os três filhos do casal, moradores de Santo André, não suportaram as ameaças de
morte que se seguiram ao depoimento de Bruno, no qual ele acusou José Dirceu e Gilberto
Carvalho de envolvimento no esquema montado por Celso Daniel.

Em abril de 2006, o Ministério Público abriu inquérito para investigar o ex-ministro e
ex-deputado José Dirceu, acusado de se beneficiar do dinheiro desviado em Santo André.
Gilberto Carvalho também foi objeto de investigação. Apesar disso, Lula o manteve na
posição estratégica de chefe de gabinete do presidente da República.
José Dirceu e Gilberto Carvalho foram citados por crimes de formação de quadrilha,
receptação e lavagem de dinheiro. O Ministério Público também anunciou investigação
sobre a origem de R$ 500 mil supostamente repassados pelo PT ao advogado Aristides
Junqueira, que foi contratado para defender o PT no caso Celso Daniel.

O Ministério Público acabou denunciando Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, Klinger
Luiz de Oliveira, Ronan Maria Pinto e Maurício Mindrisz, que ocupou o cargo de superintendente
da Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental) em Santo André. Todos
foram acusados por crimes de formação de quadrilha, fraude e dispensa ilegal de licitação.
Conforme a denúncia, os quatro, em parceria, atuavam com o prefeito Celso Daniel para
desviar recursos públicos. Formavam “quadrilha organizada estável”, com o objetivo de
“cumprir como meta estabelecida um mega-esquema de corrupção”.

Para os promotores, Sombra, mesmo sem ocupar cargo na Prefeitura, exercia grande influência
na administração municipal. O esquema favorecia Ronan Maria Pinto, dono de empresas
de transporte e de coleta de lixo, que mantinham contratos com o governo municipal.

Uma dessas empresas, a Rotedali, foi contratada 12 vezes para executar serviços de limpeza,
varrição e manutenção de aterro sanitário, em transações que envolveram cerca de R$ 50
milhões. Parte do dinheiro teria alimentado o caixa 2 do PT. Dos 12 contratos, dez foram
celebrados sem licitação. A Justiça e o Tribunal de Contas do Estado contestaram cinco deles.

Sombra foi sócio de Ronan em negócios com empresas de ônibus em Fortaleza e Cuiabá.
Trecho da denúncia dos promotores Roberto Wider Filho, Amaro José Thomé Filho e
Adriana Ribeiro Soares de Morais:
“Sérgio, aproveitando-se de seu prestígio junto à administração, idealizou com Daniel a
formação da sociedade delinquente e era um dos destinatários dos recursos ilícitos. Foi
tesoureiro da campanha eleitoral de 1996. Arrecadou diretamente parte do dinheiro, que foi
depositado na sua conta corrente.”

No início do segundo mandato de Lula, em 2007, o Ministério Público pediu o bloqueio
de bens do PT e de Gilberto Carvalho, no montante de R$ 5,3 milhões. O valor correspondia
à estimativa de dinheiro desviado pelo esquema de corrupção na área de transporte público
em Santo André. A ação civil pública também denunciou Sérgio Gomes da Silva, Klinger
Luiz de Oliveira, Ronan Maria Pinto e vários empresários. Da denúncia:
“Formaram uma quadrilha determinada a arrecadar recursos através de achaques a empresários,
bem como através de desvio de dinheiro dos cofres públicos municipais, conforme
outras denúncias já ajuizadas, relativas a contratos de obras públicas e de coleta e
destinação final de lixo, ambas recebidas judicialmente”. Outro trecho da denúncia:
“Todos os recursos auferidos pela quadrilha, na concepção do finado prefeito Celso Daniel,
deveriam financiar campanhas eleitorais do PT, tanto em âmbito municipal e regional quanto
em âmbito nacional. O dinheiro amealhado era, em parte, separado e entregue a Gilberto
Carvalho, que o transportava, em seu veículo particular, ao escritório de José Dirceu, que
recebia os recursos ilícitos em espécie, na qualidade de presidente do PT, para o financiamento
de campanhas do interesse daquela agremiação.”

Em 9 de fevereiro de 2006, prestou depoimento ao Ministério Público o ex-secretário de
Habitação de Mauá (SP), Altivo Ovando Júnior. Mauá, na Grande São Paulo, é vizinha de
Santo André. A cidade foi governada pelo prefeito Oswaldo Dias (PT) de 1997 a 2000,
período em que Altivo Ovando Júnior exerceu o cargo de secretário. Ele narrou fatos ocorridos
durante a campanha de Lula a presidente da República, em 1998. Do depoimento:

“O declarante se recorda de que, no pleito de 1998, Lula compareceu no gabinete do
prefeito de Mauá, oportunidade em que, utilizando termos chulos, cobrou de Oswaldo Dias
maior arrecadação de propina em favor do PT.”
A frase de Altino Ovando Júnior sobre o pedido de Lula:
“Ele dizia: ‘Pô, Oswaldão, tem que arrecadar mais. Faz que nem o Celso Daniel em
Santo André. Você quer que a gente ganhe a eleição como?”

segunda-feira, 28 de maio de 2012


Blog
Reinaldo Azevedo
Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil
28/05/2012 às 5:21

Lula começou a cometer erros em série e ainda arrastará o governo e o PT. Ou: Imprensa não se cala. Ou: Fim da linha para o golpismo lulista

Lula, cujos faro e habilidade política são sempre exaltados, e com razão!, tem cometido erros em série. O petismo os engole porque se criou o mito de sua infalibilidade. A do papa já foi contestada faz tempo. A do ApeDELTA, jamais! Mas cresce nos bastidores o bochicho de que ele anda um tanto descolado da realidade e que começou a ser também um peso.

A sua decisão de criar a CPI do Cachoeira com o propósito de pegar a oposição, o Supremo, a Procuradoria-Geral da República e, claro!, a imprensa nunca foi uma unanimidade no partido. Tampouco contou com o apoio entusiasmado dos aliados. O próprio governo Dilma considerou, desde sempre, que se tratava de uma turbulência inútil. Queria que tivessem curso as investigações da Polícia Federal e a punição dos políticos envolvidos com o esquema Cachoeira no âmbito do Congresso.

Mas Lula e José Dirceu estavam com a faca nos dentes e sangue nos olhos. Daí os vazamentos e, sobretudo, as mentiras em série plantados nos blogs sujos para tentar comprometer o jornalismo independente, o procurador-geral da República e ao menos um ministro do Supremo. Não se esqueçam de que as acusações infundadas contra Gilmar Mendes passaram a frequentar a esgotosfera.

Mas deu tudo errado. O procurador não se intimidou. Um ministro chantageado teve o descortino de comunicar a absurda abordagem de que foi objeto, e a imprensa que não foi alugada pelas verbas oficiais continuou a fazer o seu trabalho. Sim, em nove anos de governo, essa foi a vez em que se assistiu à ação mais virulenta, mais agressiva, mais boçal contra o jornalismo independente. E, a exemplo de outras vezes, deu tudo errado. A imprensa que se preza segue fazendo o seu trabalho e não se intimida.
Lula já deveria saber disso. Ele é cria da liberdade de imprensa, não o contrário. Ela não existe para servi-lo, mas ele a ela, já que se trata de um fundamento das democracias de direito.

Fim da linha para o golpismo lulista!

Texto publicado originalmente às 4h38
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo

domingo, 27 de maio de 2012


Olha quem nos governa " um homem sem palavra"  
E ai eleitores desse crápula???? aprende a votar pessoal ,para não causar mais sofrimento a população.

A greve de professores: esclarecimento e chamada à razão.

E se possível, divulgem: repassem, busquemos mobilizar a sociedade para apoiar-nos, divulgar e levar algumas pessoas a entender a real importância do movimento.


"ORA PRO NOBIS...

Lendo uma postagem de uma colega a respeito da indiferença da sociedade frente à GREVE DOS PROFESSORES DO ESTADO DA BAHIA, fiquei incomodado com essa apatia da população, do Ministério Público, das Igrejas, da CNBB, dos Artistas Baianos, da Mídia, ao mesmo tempo preocupado com os desígnios da educação neste estado.
Não faz muito tempo que a sociedade baiana viveu momentos de apreensão e insegurança com a greve dos PMs. É fato que todos nos desejávamos que essa manifestação tivesse logo um desfecho tranquilo e que esses profissionais retornassem aos seus postos com as suas reinvindicacões atendidas.Todavia, fora preciso que o trânsito parasse,que lojas e supermercados fossem saqueados,que a força de segurança nacional fosse acionada; que o número de homicidio aumentasse e que ameaçasse o CARNAVAL dos empresários, dos blocos,da rede de hotelaria, dos turistas, da Rede Globo, da Band, do Chiclete, da Ivete...
E a greve dos professores ameaça a quem mesmo? À Lei de Responsabilidade Fiscal? Às Eleições Municipais ou ao Ano Letivo dos alunos? Parece-me que este último não tem grande força em comparação ao carnaval, haja vista à posição arbitrária e atroz desse governo ao cortar direitos e salários de um classe tão massacrada, mas fundamental para o progresso de uma Nação.
Quem realmente está se importando com a educação neste estado? Aonde estão os movimentos estudantis, os pais dos alunos, as Igrejas, a oposição, as forças sindicais,os magistrados e promotores, a mídia, as redes socias(os "facebookeiros"), que não abraçam essa causa? Será que essa nossa luta não é justa? É insano um aumento de 22,22% comparado aos 61,8% que os próprios deputados se presentearam na véspera do Natal (23/12/2010). Esse aumento estava no orçamento do ano subseqüente(2011)?
À propósito, quanto custa um deputado estadual somando-se salário + verba indenizatória + verba de gabinete? Cada deputa- do estadual baiano custa aos cofres públicos cerca de R$ 114 mil por mês (existe carga horária? há assiduidade? comparecem às sessões regularmente?) e todos juntos significam mais de R$ 87 milhões ao ano. O valor do orçamento da Assembleia Legislativa previsto para 2012 é de R$ 351 milhões.
O que significa esse valor frente a um salário de um professor Licenciado de 40 horas, padrão P e grau I, que recebe seus " milagrosos" R$ 1.659,94? (tabela Maio/2012).
Além do mais, quanto é repassado do FUNDEB e gasto com o a folha de pagamento de professores? Quanto custam as propagandas do governo em horário nobre de televisão e nos mais diversos meios de comunicação? Por quê não se tornam públicas as informações sobre a execução orçamentária e financeiras da Assembleia Legislativa? Por que essa blindagem toda com as contas públicas? Por quê as contas da Assembleia Legislativa da Bahia (AL) não são julgadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE)há mais de cinco anos? Por quê...?
Se com a greve dos policiais não houve urgência em resolvê- la mesmo com os holofotes da mídia e repercussão em todo o mundo, cobrando uma ação eficaz do governo, que atitude se esperar desse governo em face à greve de professores de escola pública? ( invibializar o ano letivo? Pressionar os professores não pagando os salários...?). A sociedade cobrou uma solução urgente para a greve dos PMs por achar que eles merecessem um salário digno ou por que as suas vidas e o seus patrimônios estavam correndo riscos?
E os nossos alunos que riscos causam à sociedade? Que prejuizo causam aos cofres públicos? O que significa o aluno na sala de aula para o governo senão números e cifras? À propósito, como anda o IDEB da Bahia?
Ora, colegas, se a nossa greve não repercute, de imediato, na economia, na segurança,na bolsa de valores..., infalivelmente trará sérias consequências , no futuro, para toda a sociedade. Crianças e jovens sem aula hoje é caminho para drogas amanhã, para a violência, para o fracasso profissional...
Educação sem qualidade, sem ambiente adequado, sem valorização e respeito para com o PROFESSOR, isso sim é um dos maiores crimes que se pode cometer, pois não só se perdem vidas, mas sobretudo perde-se o direito de APRENDER E CRESCER COMO UM VERDADEIRO CIDADÃO."

"...Enquanto os homens
Exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome
De raiva e de sede
São tantas vezes
Gestos naturais..."

(Caetano. Veloso)

quarta-feira, 23 de maio de 2012


Cura pela imposição das mãos

Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar. O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o espiritismo, que pratica o chamado “passe”.

Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp.

Segundo o cientista, durante seu mestrado foram investigado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células que ficam os tumores. “Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos”, completou.

A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou.

As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão. “O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição.”

Somente a pureza será capaz de atrair a Divindade.
Quando os ferrinhos estão impregnados de ferrugem
mesmo a mais poderosa Ímã não consiguirá atrair eles - Baba

terça-feira, 15 de maio de 2012


 Internet apavora a velha mídia
Por Altamiro Borges

Não é apenas a revista Veja, denunciada por suas ligações com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira, que está desesperada com os “insetos”, “robôs” e “petralhas amestrados” das redes sociais. Toda a velha mídia, no Brasil e no mundo, teme o vertiginoso crescimento da internet. Um estudo recente confirma que o seu modelo de negócios está em declínio acelerado.
Estimativas apresentadas na semana passada pela seccional brasileira da agência Interactive Advertising Bureau (IAB) indicam que os jornalões serão superados pela internet como mídia mais acessada até o final deste ano. Mas não são somente os veículos impressos que perderão publicidade e terão o seu faturamento reduzido. As emissoras de televisão também sofrerão abalos.

Menos tempo diante da TV

Segundo Fabio Coelho, presidente do IAB-Brasil e também da filial do Google, em 2012 o meio digital crescerá 39%, fechando o ano com 13,7% de participação no mercado de comunicação e faturamento na casa dos R$ 4,7 bilhões. No ano passado, a web representava 11% do bolo publicitário. Para ele, a internet é “um mercado pujante”, que irá superar rapidamente as outras mídias.
O estudo da IAB, intitulado “Brasil Conectado: Hábitos de Consumo de Mídia”, aponta a existência de 80 milhões de internautas no país, dos quais 49% pertencem às chamadas classes C, D e E. Na rotina dos brasileiros, a internet já é considerada o meio mais importante para 82% dos 2.075 entrevistados. Mais de 40% deles passam, pelo menos, duas horas por dia navegando na rede, enquanto apenas 25% gastam o mesmo tempo assistindo TV.

“No limiar de uma grande transformação”

A internet aparece como a atividade preferida por todas as faixas etárias, de renda, gênero e região quando se tem pouco tempo livre, somando 62%. Em casa, a web é acessada pela manhã, quando 69% se conectam, 78% acessam à tarde e 73% à noite. Ela também é a mídia mais popular nos locais de trabalho, escola, restaurantes, shoppings e na casa de amigos.
“Todos os dados confirmam a expansão do mercado, que tende a se acentuar com as iniciativas de ampliação do acesso a banda larga e também ao aumento da base de smartphones. Estamos apenas no limiar de uma grande transformação”, garantiu Fabio Coelho, presidente do IAB, ao jornal O Globo.

segunda-feira, 14 de maio de 2012



Impermanência
Chagdud Tulku Rinpoche
"A vida é como um piquenique em uma tarde de domingo... ela não dura muito tempo. Só olhar o sol, sentir o perfume das flores ou respirar o ar puro já é uma alegria. Mas se tudo o que fazemos é ficar discutindo onde pôr a toalha, quem vai sentar em que canto, quem vai ficar com o peito ou a coxa do frango..., que desperdício! 
Mais cedo ou mais tarde o tempo fecha, a tarde cai e o piquenique acaba. E tudo o que fizemos foi ficar discutindo e implicando uns com os outros. Pense em tudo que se perdeu.

Você pode estar se perguntando: se tudo é impermanente, se nada dura, como pode alguém viver feliz? É verdade que não podemos, de fato, agarrar ou nos segurar às coisas, mas podemos usar esse conhecimento para olhar a vida de modo diferente, como uma oportunidade muito breve e rara. Se trouxermos à nossa vida a maturidade de saber que tudo é impermanente, vamos ver que nossas experiências serão mais ricas, nossos relacionamentos mais sinceros, e teremos maior apreciação por tudo aquilo que já desfrutamos.

Também seremos mais pacientes. Vamos compreender que, por pior que as coisas possam parecer no momento, as circunstâncias infelizes não podem durar. Teremos a sensação de que seremos capazes de suportá-las até que passem. E com maior paciência seremos mais delicados com as pessoas a nossa volta. Não é tão difícil manifestar um gesto amoroso quando nos damos conta de que talvez nunca mais estaremos com a nossa tia-avó. Por que não deixá-la feliz? Por que não dispor de tempo para ouvir todas aquelas histórias antigas?

Chegar à compreensão da impermanência e ao desejo autêntico de fazer os outros felizes nesta breve oportunidade que temos juntos, constitui o começo da verdadeira prática espiritual. É esse tipo de sinceridade que efetivamente catalisa a transformação em nossa mente e em nosso ser. Não precisamos raspar a cabeça nem usar vestes especiais. Não precisamos sair de casa nem dormir em uma cama de pedras. A prática espiritual não requer condições austeras.... apenas um bom coração e a maturidade de compreender a impermanência. Isso nos fará progredir".

sábado, 5 de maio de 2012


Alamar é amigo querido, que sempre escreve coisas que gosto muito...e esta matéria achei muito boa, verdadeira e até divertida.
Um grande abraço Alamar 
Angela Carrera

Um país que estimula o alcoolismo

Pode parecer uma apelação, este título que coloco nesta matéria, mas, diante da realidade que vivemos em nosso país, peço que você analise com isenção o que escrevo aqui e diga se é apelação.
É impressionante a cultura que o Brasil tem de incentivar o alcoolismo, apesar da desgraça que ele proporciona todos os dias, tragédias atrás de tragédias, lares enlutados, famílias destruídas e tanta tristeza, mostrada diariamente pelos telejornais da televisão e pela imprensa em geral.
Recentemente eu vi o Jornal Nacional mostrar a Presidente Dilma, em visita aos Estados Unidos, diante do Presidente Barack Obama, apresentando um produto brasileiro, em um momento em que o mundo tem voltado as atenções para o nosso país.
Que produto era aquele?
A CACHAÇA!!!!!
Gente, que me desculpe, mas eu não sei se sou eu que tenho um parafuso fouxo, se sou eu o desajustado ou se é o país que está mesmo num processo de inversão de valores, na exposição do ridículo.
Pelo amor de Deus, diante de tanta coisa boa que este Brasil produz, diante de tanta coisa útil que pode exportar para o mundo, como pode a nossa Presidente da República dar ênfase logo para a praga da cachaça?
É como se dissesse: Nós temos produto para embriagar as pessoas de todos os países e promover muitas desgraças nos lares.
Imaginemos a cena, com o Evo Morales sentado na Casa Branca, ao lado do mais poderoso homem do mundo, anunciando a cocaína, o produto orgulho do seu país?
Aí os hipócritas de plantão, na contramão da sensatez, vêm querer interpelar:
- Peraí, Alamar, agora você já está apelando. Comparar cocaína com cachaça é o fim da picada.
Éhhhh, gente, os defensores do alcoolismo assim como os defensores do cigarro, têm essa mania de considerar esses vícios, terríveis, como drogas lícitas e até leves.
Lícitas? Leves?
É claro que a cocaína é uma desgraça também, mas o que é que causa mais desgraças e tragédias, conforme apontam todas as estatísticas, a cocaína ou o alcoolismo? Não tem nem comparação, a diferença é enorme. Vejam quantos milhares de brasileiros morrem por ano, em decorrência do alcoolismo e veja quantos morrem por causa da porcaria da cocaína.
É preciso que a sociedade repense esse tratamento maluco que ela dá a esse vício terrível.
Aí fica esse festival sem vergonha de cinismo social:
Eu gosto de tomar minha cachacinha, antes do almoço.
Adoro minha cervejinha nos finais de semana.
Não dispenso um wiskyzinho com os amigos.
Aí você visita certas residências e, qual é a parte da casa que as pessoas mais têm prazer em apresentar para os amigos?
O barzinho!!! E fazem questão de apresentar garrafa por garrafa, com um orgulho enorme, em dizer que aquela do rótulo dourado é 12 anos, ou outro é importado da Alemanha... etc. etc. etc...
E depois vêm as tragediazinhas, os bêbadozinhos dirigindo os seus carrinhos, atropelando e matando as suas vitimazinhas, para depois contratarem um advogadozinho para, descaradamente, negar que ele estava bêbado, na prática da vergonhosa mentira jurídica que faz com que juízes ridículos e insensatos punam apenas com cestas básicas, livrando verdadeiros criminosos e assassinos da cadeia.
Como são brandas as penas para assassinos bêbados.
Que país mais sem vergonha, o nosso!
Vocês já viram que coisa mais ridícula a lei brasileira, em relação ao bafômetro?
Pra começar, é um instrumento que governo nenhum, federal, estadual ou municipal faz a menor questão de investir. Não dá dividendos políticos e não traz arrecadação.
Bando de canalhas. Só investem, e como investem, em caríssimas instalações de câmeras para multar veículos, na vergonhosa mania de extorsão da população brasileira, com essa ridícula indústria das multas, onde muitos ganham por fora.
Ainda vem com a cara de pau mais cínica do mundo, querer justificar que o objetivo é “educar o trânsito”, como se os mais graves e mais trágicos problemas de trânsito fossem os estacionamentos sem pagar a praga da zona azul, o dirigir um pouco acima da velocidade determinada, a falta do uso do cinto e outros detalhezinhos mais. A sigla SET, em São Paulo, por exemplo, significa “Sistema de Extorsão no Trânsito”.
Ora, praga, a grande maioria dos índices de acidentes de trânsito ocorre exatamente por conta da embriaguês alcoólica.
Por que esse detalhe não é punido com o rigor que deveria ser?
Ainda vem uma legislação, que, no auge da burrice nacional, determina que ninguém é obrigado a soprar no bafômetro, sob a argumentação de que ninguém é obrigado a construir provas contra si mesmo, em mais uma vergonhosa e estúpida demonstração de que o país adora mesmo proteger o alcoolismo.
Se houvesse bom senso e dignidade na lei, o que já teriam feito?
Inverter a razão do sopro ao bafômetro: Em vez da necessidade de soprá-lo para provar que estava embriagado, pelo contrário, as autoridades deveriam determinar que a pessoa, acusada de estar bêbada ao volante, deveria soprar para provar que NÃO estava bêbada e que não havia álcool no seu sangue.
Por que não fazem isto?
Todo motorista envolvido em acidente, que de fato não estivesse embriagado, faria questão, por interesse próprio, de procurar o policial e pedir o bafômetro para soprar, porque aquele laudo serviria para a sua defesa, e não prova contra si próprio, pelo menos quanto ao aspecto do alcoolismo ao volante.
Está na cara que todo indivíduo que se nega a soprar um bafômetro, com certeza absoluta está implicitamente confessando que estava dirigindo bêbado mesmo, pois, em caso contrário, jamais se recusaria a tal procedimento, se de fato não tivesse bebido.
Você, que acompanha a televisão, já deve ter se cansado de ver, nos telejornais, inúmeras tragédias de assassinos que matam dirigindo bêbados e todas as reportagens invariavelmente dão o nome do criminoso, nome da cidade, data do acidente e nome da vítima. Vou lhe dar uma sugestão, embora não seja nada agradável da gente fazer e dá um trabalhão danado, mas que serve para observar a realidade dos fatos.
Pegue um caderno, ou mesmo o seu computador, e anote esses dados. Vá anotando, vá colecionando os casos e, depois de um ano, mais ou menos, você terá algumas centenas de casos registrados.
Depois comece a pesquisar, caso a caso, como ficou, já que temos hoje a internet, que é excelente para este tipo de coisa.
Sinto em lhe dizer que você vai sentir uma amargura enorme e uma decepção terrível com o seu país, pois constatará que quase todos estarão fora da cadeia. Deu pra ler direito? Eu disse e repito que você vai perceber que quase todos estão fora da cadeia, não é só a maioria não, é quase todos!
O bêbado ainda debocha, na cara do repórter e do policial. Ele sabe que nada vai acontecer com ele.
É quando vai saber que a famosa ação do “o advogado nega”, muito comum no Brasil, fez com que a praga da JU$TI$$A brasileira se limitasse a condenar com cestas básicas, a usar o tal argumento do “é réu primário”, do “tem residência fixa”, do “pode responder em liberdade” e sempre a aplicação do descarado jeitinho brasileiro.
Em contra partida, vai ver casos como aquele da Dona Luiza Rodrigues Pereira, aquela velhinha de 74 anos, de Vianópolis, interior de Goiás, aposentada, que ganha apenas um salário mínimo, ser colocada atrás das grades, porque não teve condições de pagar pensão alimentícia para netos, (foto ao lado). Assim como outros estão presos porque roubaram 250 gramas de margarina num supermercado; outro preso, para atender aos interesses dos bancos, acusado de infiel depositário, etc... Esses não têm chances de responder em liberdade, não tem chance de pagar com cestas básicas e não tem juiz que leve em consideração quando “o advogado nega”.
Até quando a magistratura brasileira vai viver fingindo ingenuidade, a não entender uma coisa desta?
Por que os legisladores brasileiros não mudam a lei que vige no País?
Por que aos finais de semanas, os senhores deputados e senadores também se reúnem para o wiskyzinho com os amigos e saem, também, eles, as suas peruas esposas e os seus filhos, dirigindo bêbados.
A cultura da proteção ao alcoolismo vem de muito tempo, no Brasil e no mundo.
A própria Bíblia já ensina que encher a cara e fazer besteiras é algo normal e que ninguém deve dar tanta importância, como o exemplo de Noé, que totalmente bêbado, resolve ficar nu diante da esposa dos seus filhos e ainda amaldiçoa um deles, que resolveu reclamar por tamanho ridículo, e ainda era protegido de Deus, mesmo agindo daquela forma.
Durante muito tempo os pais, no extremo do ridículo, faziam questão de incentivar que o seu filho, homem, tomasse bebida alcoólica, para “provar”, para os outros, que era macho. Por incrível que pareça existem registros de pais que colocam um pouco de cachaça na mamadeira do bebê, morrendo de rir, afirmando para os outros “este aqui é homem, no duro”.
Numa festa, quando alguém está bêbado, todo mundo morre de rir, acha engraçado.
Quando alguém conta que pegou um porre, em determinado momento, todo mundo que está ao lado fica escutando o relato, ri muito, como um monte de hienas irracionais, acha bonito aquilo e vê o fato como algo interessante, sem problema nenhum.
O jovem adora dizer “tomei todas que tinha lá”, e todos os outros adolescentes, ao seu redor, morrem de rir, porque o vêem como se fosse um herói, quando na verdade é um herói do ridículo e da imbecilidade.
Conheço vários casos de amigas que, quando namoravam, sabiam que o cara era alcoólatra, era viciado, e, mesmo alertadas do que poderia advir no futuro, enganando a elas mesmas diziam:
- “Ah, você também exagera em tudo. Ele só bebe socialmente. Eu o amo, é o homem da minha vida e eu sei muito bem o que quero pra mim”.
Hoje estão entrando na porrada, na prática comum das agressões domésticas que a embriaguês proporciona, e não têm coragem nem de dar parte numa delegacia de polícia, invocando a Lei Maria da Penha, porque são imbecis que dizem “Não quero acabar o meu casamento”. Grandes coisas.
E ainda tem o outro sério problema, que é a carência íntima, já que o desempenho sexual já foi pra cucuia também, há muito tempo.

Mas mantém a cultura masoquista de preferir viver num inferno, a sua vida inteira, pra poder continuar ostentando para as outras, que tem um marido. O que tem, muitas vezes, é um verdadeiro animal dentro de casa, mas chama de marido.
Têm outras que se pegam em bobagens religiosas:
- “O que Deus juntou, o homem não deve separar”.
Misericórdia! Que Deus é esse seu, que te junta com uma praga dessa, peste? Deixe de ser burra.
Têm outras que, também na expressão do ridículo, dizem:
- “Me disseram que eu tenho compromisso com ele, de outras encarnações, e que eu tenho que suportar, porque este é o meu carma”
É outra idiota que não sabe o que está dizendo. Faz a merda dela aqui, sabia que o bicho era um alcoólatra, desde os tempos de namoro, sempre soube das desgraças que o alcoolismo faz nos lares, casou com a praga porque quis, agora vem dizer que é coisa de origem reencarnatória. É besta demais, né?
Você sabia que uma fábrica de cachaça tem uma facilidade enorme para conseguir verbas de incentivo do BNDES?
Sabia que se a solicitação da verba for para construir um hospital ou um estabelecimento de ensino, as dificuldades são enormes e as exigências burocráticas praticamente leoninas?
Eu tinha um conhecido antigo, em Belém, o meu amigo Josino, que era um pau dágua de marca maior, daquele tipo que era encontrado bêbado, constantemente, deitado na via pública, todo vomitado e até cachorro lambendo a sua boca. Já morreu, de tanta cachaça, coitado.
Só que ele não admitira, de forma alguma, ser chamado de alcoólatra porque dizia “eu bebo SOCIALMENTE”.
Quando alguém diz que bebe socialmente, está querendo passar atestado de trouxa para os amigos ou pra ela mesma?  
Misericórdia.
Para concluir devo informar aos amigos que são empresários e comerciantes que, se o seu negócio não estiver muito bom, no Brasil, mude de ramo, monte uma fábrica de cachaça, que é um excelente negócio e tem muita facilidade de conseguir incentivos do BNDES, com carência e tudo para começar a pagar.
É uma vergonha o país onde a gente vive.
O que dirão as civilizações do futuro, quando lêem nos livros de história que o Brasil fazia isto?
                        
Abração.
Alamar Régis Carvalho
Analista de sistemas, escritor e AINSF Dinastia
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