sábado, 19 de junho de 2010

Esse livro  é história do Brasil, é a história que o Governo atual vai deixar de herança e na lembrança. 
Mostre aos seus filhos e netos.
Vamos "requentar" nossa memória. 
Os fatos deste livro  tem que viver eternamente na memória de todos BRASILEIROS decentes, honestos e  trabalhadores.
Que sirva de alerta,  para quando alguém tentar dizer que esse foi o MELHOR GOVERNO.
Brasileiros, vocês teêm que estudar  para não se tornarem ladrões, mafiosos e  covardes.

Obs:. A candidata do governo, faz parte de tudo isso e muito mais e pior!!!!!!!!!!!!!!
SEU VOTO É QUEM VAI NOS SALVAR DESTA QUADRILHA.

Autor do Livro: O jornalista Ivo Patarra
CAPÍTULO 6 CONTINUAÇÃO (Parte 6) 

- Sua mulher nunca lhe disse para quem trabalha?
- Eu evito. Minha mulher não é política, não é militante, não é filiada.

- Como ela conheceu Marcos Valério?
 Não sei.
- O ministro sabe dessa situação?

- Acho que não. É uma questão de foro pessoal. Eu relativizei de forma primária, por ela já ser do mercado. Ela é uma pessoa ingênua em relação a essas coisas. Problemas políticos daqui eu não comento em casa.
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17/6/2005 O Campo Majoritário, maior segmento interno do PT, liderado pelo deputado José Dirceu (PT-SP), decide manter nos quadros do partido o tesoureiro Delúbio Soares e o secretário-geral, Silvio Pereira. De acordo com Delúbio Soares, as acusações contra ele são falsas. Ele avisa que não deixará o cargo, pois “seria uma confissão de culpa”:
- Agi dentro das regras da política.

Manifestação de Silvio Pereira:

- O que eu fiz foi decisão partidária. Se eu sair, vai ter de sair todo o mundo.

Em reunião do PT, o presidente do partido, José Genoino, recusa-se a pôr em discussão o afastamento dos dois dirigentes. Para ele, as acusações são inconsistentes: 

- Não será sequer objeto de avaliação. Será adotado o melhor para o partido.
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18/6/2205 A revista Época traz a manchete de capa “Homem da Mala”. A reportagem, de Diego Escosteguy, traça um perfil de João Cláudio Genu, chefe de gabinete do líder do PP na Câmara, deputado José Janene (PR). João Cláudio Genu é apontado como braço direito de José Janene, e “principal executivo na operação do mensalão”. Época registra:
“O partido de Janene teria um esquema de arrecadação muito semelhante ao do PTB de Jefferson. Apadrinhados bem posicionados em estatais garantem a arrecadação. O PP instalou diretores na Petrobras, em Furnas, no Instituto de Resseguros do Brasil e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O dinheiro chega a Brasília trazido por emissários ou pelo próprio Genu. Depois, é distribuído. Segundo relato de um parlamentar, vem em envelopes.”
A revista aponta que, após aderir ao governo Lula, o PP engordou a bancada do partido.
Passou de pouco mais de 20 para 56 parlamentares. E informa que os mensalões, no PP, variavam de deputado para deputado: 
“Os valores variam de R$ 5 mil a R$ 30 mil, a depender da importância do político recompensado. O local de entrega varia. Às vezes é o apartamento do próprio Janene, apelidado de ‘a pensão’ dentro da bancada do PP. Outras, a própria sala da liderança. Em alguns casos, a casa que Genu mantém para festas no bairro Park Way, em Brasília. O chefe de gabinete de Janene é apontado como responsável pela logística da operação. O mensalão vinha sendo usado para atrair novos deputados e para garantir que alguns deles seguissem fielmente as orientações do partido.”
Sobre o patrimônio de João Cláudio Genu, cujo salário é de R$ 5.720:
“O assessor é dono de um apartamento de luxo, uma casa no setor de mansões de Brasília e cinco carros, dois deles importados. Numa avaliação pessimista, nos últimos cinco anos, amealhou entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões. Metade disso só no governo atual. Na declaração que entregou ao Imposto de Renda no início do ano, declarou ter ganho menos de R$ 80 mil em 2004. Pelo recolhimento de CPMF, a Receita descobriu que passaram por suas contas bancárias R$ 680 mil no mesmo período.”
A revista Isto É também destaca o deputado José Janene (PP-PR), chefe de João Cláudio Genu. O relato dos repórteres Amaury Ribeiro Jr. e Luiz Cláudio Cunha é demolidor:
“Curiosamente, nos dois primeiros anos do governo Lula, que coincidem com a ideia milagrosa do mensalão denunciado pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, Janene desencravou da miséria. Documentos obtidos por Isto É em cartórios, órgãos oficiais e sindicatos rurais do Paraná mostram que Janene e sua mulher, Stael Fernanda, viraram proprietários em 2003 e 2004 de uma dezena de fazendas, imóveis e uma frota de carros importados avaliados em cerca de R$ 7 milhões. O casal amealhou tudo isso ganhando, junto, R$ 200 mil anuais, média mensal de R$ 16,5 mil - pouco mais que meio mensalão.
Nesta fantástica engenharia financeira não estão incluídas outras joias de seu patrimônio:
rebanhos de gado e ovinos, safras de soja e a mansão de R$ 2 milhões, ainda em construção, encravada no Royal Golf, um elegante condomínio fechado na zona mais elegante de Londrina, onde é vizinho, entre outras personalidades endinheiradas, do locutor global Galvão Bueno.”
O jornal O Estado de S. Paulo entrevistou o ex-assessor parlamentar, ex-coordenador de campanha e sobrinho do deputado José Janene (PP-PR), Aristides Barion Júnior. Ele ataca o tio. Diz não se surpreender com denúncias que apontam José Janene como operador do esquema do mensalão:
- Surpreso, eu? Claro que não. O Zé é terrível, você não conhece ele. Quando o Zé vê que o cara é menor, ele esmaga. Se vê que não pode com o cara, tenta fazer um acordo. O Zé é o número um do mensalão, não tenho dúvida.
Aristides Barion Júnior conta ao repórter Fausto Macedo que José Janene lhe deve US$ 1 milhão, dinheiro que foi emprestado para a campanha eleitoral de 1994. Afirma que o tio ficou rico depois de entrar para a política:
- O Zé mora em um apartamento que vale mais de R$ 1 milhão, tem fazenda, carros importados, tem avião, tem dois apartamentos na praia, mas é tudo em nome de terceiros.
José Janene é réu em sete ações civis na Justiça do Paraná. Tem acusação por suposto ato de improbidade administrativa, desvio de verbas públicas na Prefeitura de Londrina (PR) e enriquecimento ilícito. O sobrinho conta como José Janene age nas campanhas eleitorais:

- Aí você tira suas conclusões. As campanhas são ostensivas, ele gasta uma fortuna. Na última eleição, não tinha uma esquina em Londrina que não tinha duas ou três pessoas dele com bandeiras. É muito dinheiro. Ele trabalha em cidadezinha pequena. Vai lá, acerta com o prefeito e com os vereadores, 60, 80 cidades pequenas. Aí faz votos, manda bala sem dó nem piedade.
As agências de publicidade de Marcos Valério são mais uma vez notícia de jornal. A Folha de S.Paulo traz reportagem informando que a Polícia Civil de Minas Gerais investiga a DNA e a SMPB por compra de notas fiscais frias. O inquérito policial traz 23 notas falsas, mas suspeita-se de número ainda maior.
Do repórter Mario Cesar Carvalho: “O uso de notas frias por agências de publicidade que trabalham para o governo é um método clássico para desviar dinheiro. Imagine que a agência X contratou 10 figurantes para um comercial. Na nota fiscal, os 10 podem virar 100 e a diferença em dinheiro vai para partidos ou políticos”.
A reportagem informa que Valério já foi condenado a dois anos e 11 meses de reclusão porque suas agências sonegaram contribuições previdenciárias. Segundo a sentença, a DNA “deixou de recolher contribuições sociais devidas valendo-se de expedientes escusos diversos, sobretudo omitindo, de seus registros contábeis, fatos geradores daqueles tributos”.
O jornal explica: “A agência não lançava na folha os valores pagos a empregados a título de remuneração e também fazia pagamentos a empregados da empresa como se fossem trabalhadores autônomos. A escrituração de pagamentos de salários em ‘contabilidade paralela’
foi comprovada com a apreensão de um documento que descreve os ‘procedimentos adotados para efetuarmos pagamentos de salários aos funcionários que recebem seus vencimentos através do caixa (2)’”.
Mais uma das agências de publicidade de Marcos Valério: contratos assinados no governo Lula permitiram faturamento de R$ 150 milhões. O contrato da agência SMPB com a Câmara dos Deputados, na gestão do ex-presidente João Paulo Cunha (PT-SP), talvez seja o mais curioso. Com três aditivos, o valor subiu de R$ 9 milhões para R$ 21,8 milhões.
Em 2004 Marcos Valério criou a Estratégia Marketing e Promoção, para cuidar de campanhas eleitorais. A empresa foi contratada para a campanha de um aliado de João Paulo Cunha, que disputava a Prefeitura de Osasco (SP). Campanha vitoriosa, Emídio de Souza (PT) foi eleito. O passo seguinte: a SMPB disputa licitação para ganhar a conta de publicidade da Prefeitura.
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19/6/2005 O programa Fantástico, da TV Globo, entrevista a publicitária Maria Christina Mendes Caldeira, ex-mulher do presidente do PL, deputado Valdemar Costa Neto (SP). Ela descreve conversas que ouviu do ex-marido, segundo as quais o governo de Taiwan fez uma contribuição ilegal para a campanha de Lula, em 2002. A transação teria sido intermediada por Valdemar Costa Neto e o tesoureiro Delúbio Soares. Diz Maria Christina:
- Essa doação foi entregue para o Delúbio, foi administrada para o Delúbio. Eu não tenho prova de que o PT sabia disso, porém ele representava o acesso ao PT.
Da doação, em dinheiro, no valor de US$ 2 milhões, Valdemar Costa Neto, segundo a ex-mulher, ficou com 20%. Ou seja, US$ 400 mil. Ela comenta a amizade entre Valdemar Costa Neto e Delúbio Soares:
- O integrante do PT que tinha uma relação profundamente estreita, que era o único que estava o tempo inteiro com ele, que estava envolvido com todas as coisas que ele fazia, se chama Delúbio.
Maria Christina Mendes Caldeira acusa Valdemar Costa Neto de comprar, com R$ 30 mil desviados do PL, móveis, esculturas e objetos decorativos para a casa em que os dois moravam, em Brasília. O deputado teria adquirido também dois cofres de aço para a residência.
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20/6/2005 O deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) concede entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Reafirma a existência de esquema de corrupção no governo Lula.
Cita três lideranças do PT na organização das operações de suborno:          
José Genoino,  Delúbio Soares e Silvio Pereira. Acrescenta: “A última palavra era sempre do Zé Dirceu”. Roberto Jefferson define o ex-ministro como “uma espécie de presidente do PT”:
- Tudo que era fechado no PT tinha que ser homologado lá na Casa Civil.

Jefferson sugere o afastamento dos três dirigentes dos quadros do PT.
- É melhor que eles saiam para salvar a imagem do PT e melhorar a imagem do governo. Em outro momento da entrevista, Roberto Jefferson acusa o esquema de distribuição de dinheiro para deputados da base aliada do governo Lula. Envolve, com ironia, o deputado João Pizzolatti (PP-SC):
- Era feito no café da manhã. O deputado subia e descia com um pacotinho.
Conhecido no início dos anos 90 como um dos líderes da “tropa de choque” do governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), Roberto Jefferson opina que o nível de corrupção no governo Lula é ainda maior do que aquele que levou ao impeachment de Fernando Collor. Para o deputado, o esquema montado naquela época por PC Farias, o  tesoureiro de Collor, “era menor, malfeito, às claras, com o rabo de fora”.
Roberto Jefferson volta a falar dos R$ 4 milhões que diz terem sido repassados pelo PT ao PTB. Refere-se ao tesoureiro informal do PTB, acionado por ele assim que o dinheiro chegou. Diz o deputado:
- Eu pedi ao Emerson Palmieri que guardasse o dinheiro no cofre de um armário de aço, grande.
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21/6//2005 Depois de prestar depoimento à Polícia Federal e negar o teor da entrevista que dera à revista Isto É Senhor com acusações ao empresário Marcos Valério e a integrantes do PT e do governo Lula, a secretária Fernanda Karina Ramos Somaggio concede nova entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo. Explica que recuara das primeiras declarações por medo. Um advogado orientou-a melhor, e agora ela confirma as denúncias:
- Estava com muito medo porque na terça-feira, depois que saí do meu trabalho, na rua por onde passo, veio uma pessoa, um motoqueiro, e parou a moto ao lado do meu carro, fechou meu carro. E disse que, se falasse qualquer coisa, eu colocaria a vida da minha filha e do meu marido em risco.
A secretária Fernanda Karina volta a pôr o dedo na ferida. Diz que Marcos Valério costumava
manter contato com o tesoureiro Delúbio Soares, “todos os dias”. Ela menciona as reuniões “com o pessoal do PT”, após Marcos Valério efetuar saques de grandes quantias em dinheiro:

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