Tucanos se complicam após lançamento de livro sobre esquema de corrupção no governo FHC
10/12/2011 15:35, Por Redação - do Rio de Janeiro
Leiam " O LIVRO PROIBIDO" do jornalista Ivo Patarra
Internet no endereço http://www.escandalodomensalao.com.br/indice.php
A Privataria Tucana,
A situação nacional do maior partido da direita brasileira, o PSDB, fica ainda mais complicada diante do lançamento de A Privataria
Tucana, livro do jornalista Amaury Ribeiro Junior. Disponível nas
livrarias desde a noite passada, a obra reúne, em 343 páginas, todo o
processo de privatização realizado ao longo do governo de Fernando
Henrique Cardoso, nos anos 90, que dilapidou patrimônios públicos como a
Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional. O livro revela,
ainda, documentos inéditos sobre a transferência de bilhões de reais
para esquemas de lavagem de dinheiro e pagamentos de propina aos altos
escalões da República. O ex-governador de São Paulo, José Serra, que
também é do PSDB, assim como o então presidente Fernando Henrique
Cardoso são citados como cúmplices no ciclo de corrupção.
– O livro tem sido, de longe, o mais vendido aqui, até agora – resume
um funcionário de uma das maiores livrarias na Zona Sul do Rio de
Janeiro.
Amaury Jr. já previa que a compilação dos documentos reunidos em A
Privataria Tucana renderia no conteúdo explosivo que os jornais
conservadores ainda tentam abafar. Apenas um comentário, do
ex-presidente FHC, foi consignado na edição deste sábado do diário
conservador paulistano Folha de S. Paulo. Nele, o acusado de
deixar passar um dos maiores crimes já cometidos contra o patrimônio
público brasileiro preferiu apenas descredenciar o autor das denúncias.
Citado como um dos vilões no episódio, o candidato tucano derrotado nas
eleições presidenciais do ano passado, novamente preferiu o silêncio.
– Ficou bem claro durante as eleições passadas que Serra tinha medo
de esse meu livro vir à tona. Quando se descobriu o que eu tinha em
mãos, uma fonte do PSDB veio me contar que Serra ficou atormentado,
começou a tratar mal todo mundo, até jornalistas que o apoiavam. Entrou
em pânico – disse o jornalista à revista Carta Capital, em uma entrevista que reproduzimos a seguir.
Lavagem de dinheiro
À revista Carta Capital, Amaury revela que decidiu
investigar o processo de privatização no governo Fernando Henrique
Cardoso quando ainda era repórter do diário conservador carioca O Globo, nos idos de 2000.
– Antes, minha área da atuação era a de reportagens sobre direitos
humanos e crimes da ditadura militar. Mas, no início do século,
começaram a estourar os escândalos a envolver Ricardo Sérgio de Oliveira
(ex-tesoureiro de campanha do PSDB e ex-diretor do Banco do Brasil).
Então, comecei a investigar essa coisa de lavagem de dinheiro. Nunca
mais abandonei esse tema. Minha vida profissional passou a ser sinônimo
disso.
– Quem lhe pediu para investigar o envolvimento de José Serra nesse esquema de lavagem de dinheiro?
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