segunda-feira, 28 de março de 2011

Olá Meus Amigos,
Tenho postado sobre o levante Árabe, porque fico curiosa em saber da motivação para que esse levante acontecesse ao mesmo tempo, em lugares diferentes, e com história de governos parecidas, de anos e anos. O que aconteceu que levantou a consciência de todos?
Qual a verdade? São muitas mortes, muita violência em troca de que?  
Já li muitos artigos sobre essa revolução, mas queria saber a origem... quem  ou o que motivou esses acontecimentos... a internet? Não é a revolta que me intriga,  é a sequência...
Apenas curiosidade.
Angela


O LEVANTE ÁRABE
Publicado por Pedro Canísio Dias em 5 março 2011 às 22:25

A visão de uma nova crise inquieta o mundo. Dessa vez, além do aspecto econômico, à frente os interesses petrolíferos, surgem sinais de influência política, racial, religiosa e fundamentalista, tendo como estopim as tiranias montadas contra o povo árabe, que agora implodem ou ameaçam explodir para maior sofrimento das populações abrangidas.

Enquanto nós, ocidentais, olhamos para os árabes com olhar superior desde os longínquos tempos das Cruzadas, e implantamos aceleradamente o processo cultural e tecnológico, esse povo tão aviltado e aparentemente atrasado utiliza as mais modernas tecnologias como armas contra as ditaduras.

Os governos ditatoriais disseminados pelo oriente Médio e norte da Africa, sejam os patrocinados pelas grandes potências, sejam os por elas execrados, estão abaixo do mesmo perigo, que é a sublevação popular orientada pelos twiteiros e outros figurantes da guerrilha mais atual. Neste momento, não se quer saber se os tiranos são "mocinhos", segundo a classificação ensinada, ou "bandidos". Todos caminham para o lixo da História.

Os maçons, comprometidos, historicamente com a luta contra as tiranias, o depostismo e o preconceito de qualquer natureza, tendem a observar as intricadas nuances dos acontecimentos naquela região com tranquila expectativa, lembrados sempre de que os interesses nacionais dos mais fortes não foram necessariamente vitoriosos nos embates do passado. Vejam-se os exemplos da Independência Americana, da Revolução Francesa e mesmo da Revolução Islâmica de 1979, no Irã.

As potências colonialistas tem muito a perder com a insurreição nas monarquias, nas repúblicas ou nas comunidades tribais obedientes aos interesses nacionais dessas potências. O nervosismo que se espalha no Ocidente tem a ver com a imagem demoníaca e fraudulenta pintada a respeito da raça árabe, contra a qual já se aventa a intervenção militar, hipótese que começaria na Líbia e colocarias o Egito entre dois fogos.

São reflexões que se podem fazer neste momento, ao que tudo indica, ponto inicial de uma modelação do mundo segundo as exigências sociais e nacionais dos povos árabes. O brado " Liberdade, Igualdade e Fraternidade", notável bandeira de nações civilizadas e que tanto serviu as camadas dirigentes em tantos países, volta agora como eco dos corações árabes oprimidos que reivindicam para si próprios as excelências da gloriosa trilogia e clamam para nós:" Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Brasília, DF, Março de 2011
Marcos José da Silva
Grão-Mestre Geral.



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